Moscovo anunciou a tomada de cinco aldeias fronteiriças na região de Kharkiv, onde fica a segunda maior cidade da Ucrânia. Kiev antecipa um aumento significativo dos ataques aéreos e de artilharia e está a evacuar mais localidades.
Cerca de 2 mil pessoas das comunidades de Vovchansk e Lipetsk foram retiradas de casa e enviadas para abrigos temporários em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.
Estima-se que Moscovo tenha mobilizado 35 mil soldados. Um número insuficiente para uma operação de larga escala.
Analistas militares dizem que, por agora, o objetivo parece ser afastar as forças ucranianas da fronteira com Belgorod e avançar o suficiente até a artilharia russa ter alcance sobre a cidade de Kharkiv.
A administração Biden apressou-se a desbloquear 400 milhões de dólares em munições, sistemas Patriot, mísseis, lança-mísseis e carros blindados das reservas do departamento de Defesa.
“Tentaremos responder às necessidades ucranianas de todas as formas que conseguirmos e estamos a fazê-lo de forma urgente”, declarou o secretário da Defesa dos Estados Unidos da América, Lloyd Austin.
“O pacote que realmente ajuda é o armamento que chega à Ucrânia, não apenas o seu anúncio. Agradeço a todos os dirigentes que veem a situação exatamente assim”, afirmou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zeelensky.
Com as primeiras tentativas russas de romper as linhas de defesa ucranianas em Kharkiv, Zelensky anunciou o envio de unidades de reserva para reforçar o contingente.
O desvio de soldados ucranianos para nordeste pode comprometer a frente leste.
Na região de Donetsk, mais a sul, Moscovo tem feito avanços lentos mas constantes desde que tomou Avdiivka, em fevereiro. Este sábado, anunciou a tomada de mais uma aldeia.