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Benjamin Netanyahu: "Ou somos nós, Israel, ou eles, os monstros do Hamas"

Israel voltou a atacar o norte da faixa de Gaza. Para justificar a reabertura desta frente de batalha, Israel alega que uma parte dos guerrilheiros do Hamas voltou a entrincheirar-se a norte, à medida que os ataques se intensificaram a sul, na região de Rafah.

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A região de Jabalya está a ser alvo de novos bombardeamentos israelitas. Para justificar a reabertura desta frente de batalha, Israel alega que uma parte dos guerrilheiros do Hamas voltou a entrincheirar-se a norte, à medida que os ataques se intensificaram a sul, na região de Rafah.

Com os ataques a intensificarem-se parte da população da cidade está de novo em fuga.

"Não queríamos ir embora até vermos com nossos próprios olhos. Não queríamos ir embora.", diz uma mulher palestiniana.

Benjamin Netanyahu afirmou que continuam a atacar porque "ou somos nós - Israel - ou eles".

"É exatamente nisso que a guerra gira: ou somos nós, Israel, ou eles, os monstros do Hamas. Ou a continuação da existência, a liberdade, a segurança e a prosperidade - ou a destruição, o massacre, a violação e a escravização. E estamos determinados a ser vitoriosos em esta luta."

Com mais ou menos avisos, mais ou menos advertências, Israel sabe que nesta luta, conta com vários apoios externos. Um recente relatório da Casa Branca não fala em violação, diz apenas que Telavive "nem sempre" tem respeitado a lei humanitária internacional.

"Face aos resultados que temos visto, em termos do número horrível de mortes de civis inocentes, é razoável concluir, como dizemos no relatório, que há casos em que eles agiram de forma inconsistente com as suas obrigações sob o direito humanitário internacional", explica Antony Blinken, secretário de estado dos EUA.

Erdogan critica os Estados Unidos e a Europa pelo apoio que estão a dar a Israel

Na Turquia, o presidente Erdogan não poupa criticas aos Estados Unidos e à Europa pelo apoio a Israel.

"Houve alguma reação séria ao comportamento mimado de Netanyahu? Não. Nem a Europa nem a América tiveram uma reação digna de nota que obrigasse Israel a um cessar-fogo", afirma.

Sem cessar-fogo à vista, há cada vez mais civis numa fuga permanente dentro da Faixa de Gaza, só de Rafah já terão saído 300 mil pessoas. Em Deir Al-Balah, o número de tendas aumenta de dia para dia.

Ao mesmo tempo, numa ação coordenada com os Estados Unidos, Israel acaba de abrir um novo corredor humanitário em Erez. Os primeiros camiões com ajuda humanitária já começaram a entrar no norte da faixa de Gaza.

No entanto, não chegarão para matar, a fome a tanta gente. Nem significam que a guerra esteja a aproximar-se do fim.