Enquanto as forças russas tentam avançar, na região de Kharkiv, os ucranianos continuam a construir linhas de defesa. A correspondente da SIC visitou a terceira linha de fortificações que está a ser construída por civis.
Oleksandr vai explicando os passos a seguir. É o chefe de equipa. É responsável por um grupo de trabalhadores civis que está a construir trincheiras, na região de Kharkiv, mesmo com combates entre os dois exércitos a poucas dezenas de quilómetros.
Trabalham 11 horas por dia. Quando há perigo à vista, escondem-se nas estruturas que estão a construir.
Arriscam a vida para fazer este tipo de fortificações. Esta é a terceira linha de defesa, na região de Kharkiv. Mas nem por isso é considerada segura já que os drones estão constantemente por cima das cabeças destes trabalhadores e há algumas semanas um deles morreu enquanto estava precisamente a construir uma destas fortificações.
Os mais novos da equipa dizem que não têm planos para o futuro. Primeiro tem que acabar a guerra, explicam. Mas as perspetivas disso não são visíveis e a situação naquela região é complexa.
Os ucranianos continuam a ter força suficiente para continuar a lutar?
Há vontade, há força, mas há poucas armas. O exército russo tem vantagem sobre o número de pessoas, porque a Federação Russa tem muito mais população, por isso o exército tem mais militares. E em termos de munições eles têm que chegue durante um longo período de tempo.
Sem qualquer certeza sobre como serão os próximos meses, os civis vão construindo centenas de fortificações como esta, esperando que a terceira linha de defesa, não seja utilizada.