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CORRESPONDENTE SIC

Alvo dos intensos ataques russos, população de Kharkiv procura uma vida próxima daquela antes da guerra

Os mísseis russos têm tido como alvo o sistema energético do país e em março a principal central termoelétrica de Kharkiv foi destruída. Agora a cidade é alimentada por centrais de regiões vizinhas. O que não chega para as necessidades da segunda maior cidade do país.

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Um dos alvos dos ataques das forças russas ao longo dos últimos dois anos têm sido as infraestruturas energéticas da Ucrânia. Kharkiv é uma das cidades com mais problemas no acesso à eletricidade.

Há dias em que só há energia durante duas horas. Por isso, e para que a cidade continue a trabalhar, as pessoas recorrem a soluções alternativas de obtenção de energia.

Das dez da manhã às sete da tarde, as máquinas não param. Com o verão a chegar, as costureiras têm sobretudo em mãos túnicas, leggings e fatos de banho.

Quem está lá dentro, até se esquece que está em Kharkiv, onde os cortes na eletricidade são constantes. Os donos de uma empresa investiram em painéis solares e tornaram-se independentes do sistema energético.

O sistema de painéis solares permite que Oleksiy e Viktoria não se preocupem com a questão da energia durante pelo menos nove meses por ano. Têm 18 painéis duplos, produzem 10 kilowatts por dia e contam com uma solução original para a eletricidade que não usam.

Criatividade ajudou este casal de empresários a poupar cinco a seis vezes só valor de uma bateria normal utilizada nestes sistemas de painéis solares. Usaram uma bateria do carro Tesla, que através deste aparelho acaba por acumular emergia que não vai diretamente para as salas de produção.

Os mísseis russos têm tido como alvo o sistema energético do país e em março a principal central termoelétrica de Kharkiv foi destruída.

Agora a cidade é alimentada por centrais de regiões vizinhas. O que não chega para as necessidades da segunda maior cidade do país.

Por isso, o barulho de geradores multiplica-se pelas ruas. São a solução mais comum que permite aos moradores da cidade continuarem a ter uma vida o mais próxima possível da que tinham antes da guerra.