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Rio Grande do Sul: chuva dá tréguas mas ainda há várias localidades isoladas

Lula da Silva garantiu apoio a cerca de 200 mil famílias para fazer face aos danos provocados pelas cheias no rio grande do sul. Ao fim de duas semanas de chuvas intensas, a água começou a descer, tornando ainda mais visíveis os estragos. O último balanço aponta para pelo menos 150 mortos e mais de 100 desaparecidos, numa altura em que há ainda várias localidades isoladas.

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Foi com a ajuda de um drone do exército que esta família foi localizada. A imagem do grupo que pedia ajuda foi captada pelos militares que enviaram de imediato uma equipa de resgate para o local.

As sete pessoas e alguns animais estavam no topo de um prédio em canoas, com água por todos os lados.

Os drones têm sido uma grande ajuda nas operações de busca e resgate, numa altura em que ainda há mais de 100 pessoas desaparecidas.

Com as ruas transformadas em rios só por via aérea ou de barco tem sido possível chegar às zonas isoladas. Ainda é cedo para fazer contas aos prejuízos, mas não para fazer promessas.

"É por isso que nós garantimos não apenas uma forma das pessoas voltarem para casa, nós vamos utilizar, e eu quero aqui repetir, todas as pessoas que perderam as suas casas por conta do que aconteceu aqui vão ter o direito de ter uma casa", garantiu o presidente do Brasil, Lula da Silva

De acordo com as primeiras estimativas, esta ajuda será recebida por cerca de 200 mil famílias e terá um valor total de mais de 220 milhões de euros.

"Será testado pela defesa civil de cada município, aquela poligonal, aquelas ruas onde as pessoas perderam os seus objetos. Essas pessoas terão de forma rápida e facilitada, via caixa económica federal, a transferência nas suas contas (...) de 5.100 reais, explicou Rui Costa, ministro da Casa Civil

Garantias que Lula fez depois questão de repetir numa visita a um dos abrigos para desalojados em São Leopoldo, uma das cidades mais afetadas pelas cheias. Em alguns locais, a água começa a descer e pela primeira vez, ao fim de quase 15 dias, é possível regressar a casa.

Em Porto Alegre, moradores, comerciantes e funcionários da prefeitura começam aos poucos a reagir. Todos participam na limpeza das ruas cobertas de lama.

O Rio Grande do Sul está praticamente paralisado há cerca de duas semanas. Desde as chuvas persistentes que deixaram inundados quase todos os municípios do Estado, afetando mais de 2 milhões de pessoas e deixando desalojadas mais de 620 mil.