As forças de defesa ucranianas dizem que, durante a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira, terão abatido 29 drones lançados contra território ucraniano. Nos arredores de Kharkiv, um ataque de mísseis Iskander a uma estância de turismo fez seis mortos, incluindo uma grávida de sete meses.
A correspondente SIC diz que os drones sobrevoaram várias regiões do país, mas refere que "Kharkiv foi a zona mais fustigada".
"Hoje o dia está a ser marcado como um dia de luto por causa dos ataques de ontem das forças russas que lançaram um ataque contra uma estância de turismo nos arredores de Kharkiv."
Iryna Shev explica que a estância "não estava a ser visitada por turistas, mas sim por habitantes locais que a usavam para os seus passeios locais", quando sofreu um duplo ataque da Rússia.
Refere também que os analistas dizem que os russos conseguiram aproximar-se de 10 povoações ucranianas, espalhadas ao longo de uma linha da frente com mais de 1.000 quilómetros.
Ucranianos consideram que "não há condições" para realizar eleições
A propósito das eleições presidenciais, que deviam acontecer este ano uma vez que Zelensky completa cinco anos de mandato, a correspondente afirma que os ucranianos e as ucranianas com quem tem falado consideram que "não há condições" para serem realizadas.
Iryna Shev diz que mesmo os ucranianos que não apoiam o atual Presidente ucraniano pedem para as próximas eleições serem realizadas "apenas depois da guerra terminar". Algumas das razões para este pedido são a falta de condições de segurança nas cidades e povoações durante o período eleitoral, a dificuldade dos milhões de ucranianos que se refugiaram no estrangeiro votarem e o facto dos soldados que estão nas trincheiras não conseguirem votar em condições.
Outras questões que se levantam, segundo a correspondente da SIC, são a realização da campanha eleitoral e a questão monetária "porque, como sabemos, o período eleitoral envolve gasto de dinheiro que os ucranianos nesta altura dizem que tem de ir todo para o esforço de guerra".
Iryna Shev relembra que quando as conversas sobre a possibilidade ou não de se realizarem eleições na Ucrânia estavam muito acesas, os partidos do Parlamento ucraniano assinaram um memorando em que especificavam que não se vão realizar eleições, nem parlamentares nem presidenciais, até ao final da guerra.