A decisão foi anunciada por Rishi Sunak depois de uma reunião do Conselho de Ministros que aconteceu no n.º10 de Downing Street, em Londres. As eleições legislativas tinham de se realizar até janeiro de 2025.
“Este é o momento para os britânicos escolherem, é o momento de o Reino Unido escolher o seu futuro, de decidir se quer aproveitar os progressos alcançados ou arriscar-se a voltar à estaca zero, sem um plano e sem certezas”, declarou Sunak, dando conta de que decidiu convocar eleições para 4 de julho.
Para Sunak, os britânicos "terão de escolher quem tem esse plano, quem está preparado para tomar as medidas corajosas necessárias para garantir um futuro melhor para o nosso país".
Depois de vários meses a dizer que as eleições deveriam acontecer na “segunda metade” do ano, a decisão foi inesperada. Com a marcação para dia 4 de Julho, ou seja, daqui a pouco mais de um mês. Durante o anúncio oficial, o primeiro-ministro revelou que já falou com o rei Carlos III para pedir a dissolução do Parlamento, que vai acontecer na próxima semana.
Para o primeiro-ministro britânico, as eleições vão decorrer “numa altura em que o mundo está mais perigoso do que nunca desde o fim da Guerra Fria”.
Ao concluir o seu discurso disse que espera que o trabalho feito até então mostre que está preparado para o futuro.
“Cumpri esse plano e sempre fui honesto convosco sobre o que é necessário, mesmo quando isso foi difícil, porque quero fazer o que é correto para o nosso país, não o que é fácil. Não posso dizer o mesmo do Partido Trabalhista (...) No dia 5 de Julho, eu ou Keir Starmer seremos o primeiro-ministro. Ele tem demonstrado repetidamente que vai seguir o caminho mais fácil e fazer tudo para chegar ao poder”, criticou Sunak
As últimas sondagens apontam para uma vitória esmagadora do Partido Trabalhista, com mais de 20 pontos de vantagem em relação aos Conservadores de Sunak.
Ainda antes do anúncio, o líder do partido trabalhista, Keir Starmer disse aos jornalistas estar pronto para ir a eleições.