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Relatório da OpenAI revela uso de Inteligência Artificial para atividades enganosas

Em causa estava o uso de Inteligência Artificial em campanhas ligadas à Rússia, China, Irão e Israel para manipular a opinião pública ou resultados de eleições. A OpenAI de Sam Altman disse que estas campanhas enganosas não tiveram maior alcance graças aos serviços da empresa de Inteligência Artificial.

Relatório da OpenAI revela uso de Inteligência Artificial para atividades enganosas
Eric Risberg

A empresa OpenAI interrompeu cinco operações secretas que usavam os seus modelos de inteligência artificial (IA) para "atividades enganosas" na internet, ligadas a agentes de ameaças da Rússia, China, Irão e Israel.

A empresa tecnológica disse, num comunicado divulgado esta quinta-feira que "nos últimos três meses, o seu trabalho contra atores enganosos e abusivos permitiu interromper operações de influência secreta que procuravam usar modelos de IA em apoio à sua atividade através da Internet".

Estas operações incluíam campanhas ligadas a operadores na Rússia (duas redes), China, Irão e uma empresa comercial em Israel na "tentativa de manipular a opinião pública ou influenciar os resultados políticos", referiu a OpenAI.

Essas campanhas, detalhou, visavam questões como a invasão da Ucrânia pela Rússia, a intervenção militar israelita na Faixa de Gaza, as eleições na Índia, a política na Europa e nos Estados Unidos, entre outras.

As campanhas enganosas, afirma a empresa no comunicado, não conseguiram uma maior projeção ou alcance do público devido aos seus serviços.

O relatório da empresa de pesquisa e implantação de IA sediada em São Francisco mostra as preocupações de segurança sobre o uso indevido desta tecnologia, que pode produzir texto, imagens e áudio de forma rápida e fácil.

"Detetar e interromper abusos multiplataforma, como operações secretas de influência, pode ser um desafio, porque nem sempre sabemos como o conteúdo gerado pelos nossos produtos é distribuído", admite a OpenAI, garantindo estar "dedicada a encontrar e mitigar esse abuso".


Com Lusa