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Primeiro-ministro da Índia reivindica vitória nas eleições gerais

A Índia confiou na coligação no poder "pela terceira vez consecutiva", diz Narendra Modi, acrescentando que continuará o "bom trabalho realizado na última década para continuar a satisfazer as aspirações do povo".

Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia
Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia
Adnan Abidi

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, reivindicou esta terça-feira a vitória do seu partido e aliados nas eleições gerais, mas com uma maioria parlamentar reduzida, o que já foi caracterizado pela oposição como "castigo".

A Índia confiou na coligação no poder "pela terceira vez consecutiva", escreveu Modi na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que continuará o "bom trabalho realizado na última década para continuar a satisfazer as aspirações do povo".

"Este é um facto histórico na história da Índia", frisou Modi, numa referência à sua terceira vitória eleitoral consecutiva.

Depois de alguns analistas e as sondagem à boca das urnas anteverem uma vitória clara de Modi e do seu partido nacionalista hindu, o Partido Bharatiya Janata (BJP), os resultados preliminares indicam que uma maioria absoluta só deverá ser possível em coligação.

O Congresso, principal partido da oposição indiana, deverá quase duplicar o seu número de assentos parlamentares, graças, sobretudo, a acordos para apresentar candidatos individuais.

"Os eleitores castigaram o BJP", declarou à imprensa Rahul Gandhi, uma das principais figuras do Congresso, que foi reeleito com uma vantagem de mais de 364.000 votos no círculo de Wayanad, no sul do país.
Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia
Adnan Abidi

Com 99% dos votos contados, o BJP e os seus aliados estão a liderar com pelo menos 291 lugares. A maioria na câmara baixa do parlamento (denominada Lok Sabha) é garantida com 272 lugares, de um total de 543.

O BJP está a liderar com apenas 239 lugares, de acordo com os resultados parciais, um valor inferior ao alcançado em 2019 quando conquistou 303 lugares.

O Congresso, por outro lado, soma 99 assentos, em comparação com os 52 garantidos há cinco anos.

Na sede do BJP, já se celebra a vitória, segundo relataram as agências internacionais.

Modi foi reeleito deputado pelo círculo eleitoral de Varanasi, a sua terceira vitória.

No país mais populoso do mundo, o escrutínio, que teve início a 19 de abril, envolveu quase 970 milhões de eleitores, mais de 10% da população mundial.

A taxa de participação nas eleições gerais na Índia, que foram apelidadas como o maior exercício democrático à escala mundial, situou-se, em média, nos 66%, de acordo com os dados oficiais.

O escrutínio decorreu em sete fases, que se prolongaram por seis semanas.