O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontra-se esta sexta-feira com os homólogos Emmanuel Macron e Joe Biden, em Paris, França. Ricardo Alexandre diz que deverão ser confirmados os apoios norte-americano e francês à guerra da Ucrânia com mais material.
"Creio que vai ser confirmado o apoio dos aviões Mirage franceses e a formação de milhares de pilotos ucranianos que o Presidente Macron já deu conhecer ontem ao final do dia, na entrevista à televisão francesa. E vai ser anunciado provavelmente a ajuda norte-americana, o desbloqueio de mais 225 milhões de dólares em ajuda militar que inclui sistemas de lançamento múltiplo de rockets Himars".
Ricardo Alexandre refere as palavras do Presidente norte-americano quando diz que os ucranianos apenas estão autorizados a usar armas americanas em território da Federação Russa para atingir alvos que estejam a atuar contra a Ucrânia, que estejam a disparar do lado russo para o lado ucraniano da fronteira, portanto, na zona fronteiriça.
"Acontece que o que o Himar tem precisamente a capacidade das 300 milhas, dos 400 e tal quilómetros de distância (...) por um lado, os EUA não estão a autorizar esse tipo de ataques que penetrem muito dentro do território russo, por outro lado, estão a fornecer sistemas Himars à Ucrânia que têm tem precisamente essa capacidade."
"Eu acho que há muitas declarações erráticas no discurso de Biden, entre aquilo que os Estados Unidos fazem e os compromissos que assumem e aquilo que Biden diz, seja para temperar as expectativas do Presidente Zelensky, seja nesse sentido de alguma contenção.
O apoio militar americano à Ucrânia, o pacote de mais 225 milhões de dólares, inclui também obuses, os mísseis de defesa aérea, mísseis antiaéreos stinger, sistemas antiaéreos javelin, veículos blindados, barcos de patrulha, muitas peças de substituição.
Ataque à escola da ONU em Gaza
Pelo menos 45 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque aéreo a uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos, no campo de refugiados de Nuseirat, em Gaza. As forças de defesa israelitas garantem que tomaram medidas para evitar atingir civis neste ataque.
Israel afirma que se certificou que não havia mulheres e crianças nestas instalações. A versão da ONU é diferente, diz que era meramente um abrigo para pessoas e, portanto, o ataque é injustificado.
"São versões completamente contraditórias". O porta-voz das forças israelitas diz que já é a quinta vez que militantes do Hamas e da Jihad Islâmica estão abrigados em instalações das Nações Unidas da UNRHA, da Agência da ONU para os Refugiados.
"Conhecendo um bocadinho a Palestina e percebendo como como estes movimentos estão imbricados no tecido social da população, é difícil que fosse de outra forma. Estão todos juntos, são os grupos que administram aquele território, estão com as famílias nalgum sítio, têm de estar. Outra coisa é se realmente havia mesmo ali um posto de comando disposto a fazer ações".