O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, exortou, neste domingo, o centrista Benny Gantz, que se demitiu do gabinete de guerra israelita, a não "abandonar a batalha".
"Israel está envolvido numa guerra existencial em várias frentes. Benny, não é o momento de abandonar a batalha, é o momento de unir forças", declarou Netanyahu na rede social X, minutos após ter sido anunciada a demissão de Benny Gantz.
Netanyahu afirmou que as portas continuam abertas a "qualquer partido sionista" que queira colaborar na derrota dos "inimigos e garantir a segurança" dos cidadãos de Israel.
Por seu lado, o chefe da oposição israelita, Yair Lapid, considerou a ação de Gantz "importante e acertada" e reiterou a necessidade de criar um governo "sensato que conduza a um retorno à segurança dos cidadãos de Israel, ao regresso dos reféns, ao restabelecimento da economia e à posição de Israel na esfera internacional".
Gantz, um popular ex-chefe militar, juntou-se ao governo de Netanyahu logo após o ataque do Hamas em território israelita, no dia 7 de outubro de 2023, numa demonstração de unidade.
A sua demissão ocorre depois de ter lançado um ultimato a Netanyahu no passado dia 18 de maio sobre o futuro de Gaza depois da guerra em curso.
"Netanyahu está a impedir-nos de avançar para uma verdadeira vitória. É por isso que deixamos hoje o governo de emergência com o coração pesado, mas sem arrependimentos", afirmou Gantz numa declaração na televisão, apelando à convocação de eleições antecipadas.
- Com Lusa