Michael Mosley estava desaparecido há cinco dias quando foi encontrado, sem vida, na ilha grega de Symi pelas equipas de busca e salvamento.
Segundo a imprensa britânica, a mulher do apresentador alertou as autoridades na manhã de quinta-feira, depois de Mosley não ter regressado da caminhada na praia de Agios Nikolaos, no Mar Egeu.
A causa da morte ainda não é oficialmente conhecida, mas, segundo a BBC, Mosley terá morrido durante a tarde de quarta-feira passada, dia em que desapareceu, de causas naturais.
A polícia grega revela ainda que a autópsia inicial não encontrou ferimentos no corpo que pudessem ter causado a morte. Ainda assim, as autoridades não descartam a possibilidade de crime.
O corpo foi encontrado numa encosta, junto a um bar de praia, na madrugada do passado domingo, a cerca de 30 minutos do local onde foi visto pela última vez.
A médica e apresentadora Saleyha Ahsan, que trabalhou ao lado de Mosley, já prestou homenagem.
"Acho que, nos últimos dias, todos esperávamos outro cenário, outro final. O Michael era desenvencilhado. Ao longo de toda a sua carreira, levou o corpo a extremos, em nome da ciência, em nome de encontrar melhores soluções de saúde para os restantes. Acho que todos esperávamos um final diferente. Antes de mais, as minhas condolências sentidas à família do Michael, neste momento", diz Saleyha Ahsan recordando a vida do apresentador.
Ahsan destaca ainda o profissionalismo e a bondade do médico britânico.
"O homem que ouvíamos, quer fosse na rádio ou na televisão, era muito simpático e acessível através do ecrã, e isso é, por si só, uma arte, sermos capazes de nos apresentar assim. E ele era exatamente assim. O Michael é um tesouro nacional. Quando o conheci, naqueles primeiros momentos, ele deixou-me muito à vontade. Era muito profissional, mas também muito humano", recorda a médica e apresentadora de televisão britânica.
Cerca de 20 bombeiros e agentes da polícia fizeram buscas nos últimos dias, auxiliados pela guarda costeira, helicópteros, drones e um cão farejador.
O homem de 67 anos foi um rosto conhecido dos ingleses durante duas décadas.
O médico e apresentador de televisão britânico tornou-se popular por testar os limites do corpo humano e desafiar a ciência, em busca da saúde para todos.