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Negociações sobre cessar-fogo em Gaza podem cair por terra por falta de resposta do líder do Hamas

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos vê como um sinal de esperança o fato de o Hamas ter aceitado a resolução da ONU sobre o plano de Washington para o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Israel já avisou que as negociações não podem durar eternamente.

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O Hamas saudou de imediato a resolução da ONU, garantindo estar pronto para negociar um acordo final. Sem votos contra, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a proposta que troca um cessar-fogo pela libertação de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos.

Ainda sem uma resposta ao plano do líder do Hamas na Faixa de Gaza, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos já atribui as culpas por um eventual falhanço das negociações a Yahyaa al Sinwar. Os serviços de informações ocidentais indicam que estará escondido num abrigo subterrâneo, a grande profundidade, rodeado de forte segurança e de reféns.

O governo israelita já disse que não irá negociar eternamente um plano de tréguas, que é o objetivo da oitava viagem de Blinken à região desde o início da guerra. No parlamento, o ministro das Finanças enfrentou familiares de reféns descontentes com o impasse nas negociações.

A semana está ainda marcada pelo resgate de quatro reféns do Hamas. O exército israelita divulgou novas imagens da operação militar, realizada por tropas especiais, em plena luz do dia, numa zona residencial de Nuseirat, no centro de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, diz que na libertação dos quatro reféns, Israel matou mais de 270 pessoas, entre as quais dezenas de crianças. A confirmar-se o número de vítimas, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos fala em eventual crime de guerra de Israel. A mesma acusação é feita ao Hamas por manter os reféns em áreas densamente povoadas e colocar em risco a vida de milhares de civis.