O presidente ucraniano é convidado da cimeira do G7, que decorre até sábado na região da Puglia, no sul de Itália, e não é por mera cortesia. Os sete países mais industrializados do mundo concordaram em utilizar os juros congelados dos ativos russos na União Europeia para financiar mais um empréstimo de cerca de 46 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia, numa guerra que carece de munições e homens.
Zelensky pede um plano Marshall, semelhante ao que levou à reconstrução da Europa após a II Guerra Mundial. O Banco Mundial estima que a fatura ascenderá aos 500 mil milhões de dólares.
Nos diversos encontros bilaterais, a Ucrânia angariou apoios significativos, incluindo 310 milhões do Reino Unido, um acordo de segurança e 4.500 milhões de dólares por parte do Japão, além de um plano plurianual de 300 mil milhões por parte dos sete países mais ricos para garantir apoios estáveis, independentemente de quem estiver no poder, pensando, por exemplo, nas eleições americanas de novembro.
Outras preocupações da cimeira incluem a inteligência artificial e a concorrência com a China nos mercados mundiais. Joe Biden salientou o plano de 4 mil milhões em infraestruturas, enquanto Meloni, a anfitriã da cimeira, destacou a posição geoestratégica da Itália entre ocidente e oriente, norte e sul.
A cimeira decorre num resort de luxo no sul de Itália, com medidas excecionais de segurança.
Além dos sete países mais ricos e da União Europeia, participam outros convidados, entre os quais o Brasil, Índia, Quénia, Turquia e ainda o Papa Francisco.