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Cubanos visitam fragata e submarino nuclear russos atracados em Havana

Centenas de pessoas formaram longas filas para visitar dois navios militares russos que pararam em Cuba depois de terem realizado exercícios com mísseis no Atlântico.

Uma fragata da marinha russa e um submarino nuclear chegaram esta quarta-feira ao porto de Havana e estão a despertar a curiosidade dos cubanos. Centenas de pessoas formam longas filas para visitar os navios.

A deslocação é vista como uma exibição de força da Rússia, mas tanto os Estados Unidos como Cuba garantem que não representa uma ameaça e que nenhum dos navios transporta armas nucleares.

Citado pela agência Reuters, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, garante que não existe qualquer indício de que a Rússia tenha transferido mísseis para Cuba.

Também o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, lembrou que estes exercícios são uma “prática comum de tosos os Estados”.

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A fragata Admiral Gorshkov e o submarino Kazan pararam no porto de Havana depois de treinos com mísseis no Oceano Atlântico.

Questionada sobre o sinal que Moscovo estava a enviar com estes exercícios, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, disse que o Ocidente nunca presta atenção quando Rússia enviava mensagens através dos canais diplomáticos.

"Assim que se trata de exercícios ou de viagens marítimas, ouvimos imediatamente perguntas e o desejo de saber a que se referem essas mensagens (…) Porque é que só chegam ao Ocidente sinais relacionados com o nosso exército e a nossa marinha? Porque é que o Ocidente permanece completamente surdo e, em seguida, surge com as campanhas mais poderosas para impedir que os sinais russos entrem no seu domínio da informação?", questiona.