Oito meses depois de ter sido criado, o gabinete de guerra foi dissolvido pelo chefe do governo israelita. Para a decisão terão contribuído divergências internas e a demissão, há uma semana, de dois membros do grupo de foi criado depois do ataque do Hamas. A extinção do órgão procura, ainda, travar uma onda de contestação que é cada vez maior.
Os manifestantes exigem eleições antecipadas e um acordo de cessar fogo que permita a libertação das mais de 100 pessoas que continuam reféns do Hamas. Esta segunda-feira mantiveram bloqueadas várias autoestradas israelitas.
O governo de Telavive garante que a operação na Faixa de Gaza é para continuar. Só este domingo pelo menos 5 crianças morreram num ataque aéreo a um campo de refugiados. A ofensiva continua a motivar ações de retaliação de aliados da palestina como os Houthis no Iémen ou o Hezbollah no Líbano.
"A crescente agressão do Hazbollah está a colocar-nos à beira do que poderá ser uma escalada mais ampla, uma escalada que poderá ter consequências devastadoras para o Líbano e para toda a região. O Hazbollah está a pôr em risco o futuro do Líbano, para poder servir de escudo ao Hamas", disse Daniel Hagari, porta-voz do exército israelita.
De acordo com as autoridades palestinianas, a ofensiva israelita na Faixa de Gaza já provocou, desde outubro, mais de 37 mil mortos.