No dia em que o enviado especial da Casa Branca ao Líbano garantiu empenho para evitar uma guerra maior na região, o Hezbollah e Israel demonstraram que não estão dispostos, para já, a baixar as armas.
Após as ameaças do líder do Hezbollah de danificar os portos da cidade israelita de Haifa, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que a decisão sobre uma guerra total contra o Hezbollah está próxima.
Com os esforços diplomáticos longe de produzirem efeitos, persiste o receio de uma escalada do conflito na fronteira entre Israel e Líbano, ao mesmo tempo em que prossegue a ofensiva em Gaza, com vários ataques registados nas últimas horas.
A ONU manifestou novamente sérias preocupações sobre o respeito às leis da guerra por parte do exército israelita.
Com a dissolução do gabinete de guerra e após o afastamento de Gantz e Eizenkot, o primeiro-ministro israelita está agora mais dependente dos aliados ultranacionalistas que se opõem a um cessar-fogo. Externa e internamente, a pressão aumenta: em várias cidades israelitas, protestos exigem a libertação dos reféns e a demissão de Netanyahu.
Mais de cem reféns permanecem na Faixa de Gaza, incluindo dois cidadãos portugueses. A informação foi confirmada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros no parlamento. Paulo Rangel afirmou desconhecer a situação desses dois reféns, que adquiriram nacionalidade portuguesa antes do ataque do Hamas.