Mundo

Correspondente SIC

Negociações cruciais no Qatar para debater cessar-fogo no Médio Oriente

Os Estados Unidos estão a pressionar cada vez mais para um acordo, como nos explica o correspondente da SIC, Henrique Cymerman.

Loading...

As negociações no Qatar estão a ser vistas como cruciais para definir os próximos tempos na Faixa de Gaza. Os Estados Unidos estão a pressionar cada vez mais para um acordo, como nos explica o correspondente da SIC, Henrique Cymerman.

A direção do Hamas reuniu-se na noite passada com outros líderes das fações da "resistência palestiniana" para discutir a proposta de cessar-fogo do grupo a Israel, que será negociada na próxima semana em Doha.

"No âmbito do trabalho nacional conjunto e da comunicação contínua face à agressão sionista e à firmeza heroica do nosso povo, uma delegação de dirigentes do Hamas reuniu-se com o secretário-geral da Jihad Islâmica, Ziyad Nakhala, e com o secretário-geral adjunto da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Jamil Mezher", avançou o Hamas num comunicado divulgado nos seus canais oficiais.

O comunicado não especifica o local da reunião nem quais os dirigentes do Hamas que nela participaram, mas refere que nas reuniões se discutiram "os desenvolvimentos políticos e os esforços da resistência para travar a agressão sionista na Faixa de Gaza".

Após a viagem, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu deu instruções à sua equipa de negociação para regressar a Doha na próxima semana e retomar as negociações para um acordo de tréguas na Faixa de Gaza, embora tenha admitido que ainda existem "lacunas" nas posições das duas partes.

O Hamas mantém como exigência fundamental que qualquer pacto culmine com a cessação definitiva das hostilidades e a saída das tropas israelitas, enquanto Netanyahu insiste que a guerra só terminará quando Israel tiver concluído a destruição das capacidades militares e governativas dos islamitas e conseguido o regresso de todos os reféns, vivos e mortos.

Mohamed Nazzal, membro do gabinete político do Hamas, afirmou que, após terem apresentado a sua proposta aos mediadores, prosseguem os contactos com as outras "fações da resistência" e sublinhou que "a bola está agora no lado de Netanyahu".

"As ideias que apresentámos respeitam os princípios de base, mas caracterizam-se pela flexibilidade para pôr termo à agressão a Gaza", afirmou o líder do Hamas no Líbano e membro do gabinete político, Osama Hamdan.