Nos EUA, são cada vez mais as vozes do Partido Democrata a pedir o afastamento de Joe Biden da corrida à Casa Branca. Muitas falam, até, em "urgência" para encontrar um novo candidato o mais rápido possível.
Com 84 anos, Nancy Pelosi, ex-líder da Câmara dos Representantes e veterana do Partido Democrata, arriscou falar nas últimas horas do tema mais quente da política norte-americana. Pelosi não se compromete e demarca-se do grupo que já apelou à saída de Biden.
Entre os que defendem abertamente a desistência está o senador do estado do Vermont, Pete Welch, pelo menos sete deputados da Câmara Baixa do Congresso e também George Clooney, um dos atores de Hollywood que mais tem contribuído para financiar a campanha democrata.
"É devastador dizê-lo mas o Joe Biden - com quem estive há três semanas na angariação de fundos, não era o (...) de 2010. Não era sequer o Joe Biden de 2020. Era exatamente o homem que todos vimos no debate", disse o ator.
As palavras de George Clooney foram publicadas num jornal norte-americano. Apelam à substituição de Biden a tempo da Convenção Democrata que acontece já daqui a um mês e que vai determinar quem concorre contra Donald Trump.
"Esta não é apenas a minha opinião; é a opinião de todos os senadores, membros do Congresso e governadores com quem falei em privado", acrescentou George Clooney.
Enquanto há sinais de fraturas entre os democratas, o Partido Republicano procura apertar o cerco ao presidente. Para avaliar o estado cognitivo de Biden, solicitou a audição no Congresso de três importantes assessores da Casa Branca.
As últimas sondagens mostram que Trump está a alargar a vantagem, mas não há qualquer sinal de que o adversário esteja disposto a abandonar a corrida.