O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, aceitou esta terça-feira a demissão do primeiro-ministro, depois de Gabriel Attal não ter conseguido assegurar uma maioria nas eleições antecipadas que aconteceram no mês passado. Face à divisão política, ainda não se sabe quem será o próximo primeiro-ministro.
Não existe um prazo definido para que o Presidente nomeie um novo primeiro-ministro, pelo que o Governo de Attal estará a partir de agora demissionário e com funções e poderes limitados.
Attal e os restantes ministros ficarão apenas responsáveis por despachar "assuntos correntes" de forma a garantir a continuidade dos assuntos do Governo.
"Para que este período termine o mais rapidamente possível, cabe às forças da República trabalhar em conjunto para construir uma unidade em torno de projetos e ações ao serviço do povo francês", pode ler-se no comunicado da Presidência francesa.
Recorde-se que logo no dia a seguir à segunda volta das eleições, 8 de julho, o primeiro-ministro Gabriel Attal apresentou o pedido de demissão a Macron, pedido que na altura foi negado. O Presidente francês pediu a Attal que continuasse no cargo para "assegurar a estabilidade do país".
A aliança de esquerda, Nova Frente Popular, venceu as eleições legislativas francesas ficando à frente da coligação do Presidente Emmanuel Macron e derrotando a extrema-direita liderada por Marine Le Pen.