O Exército israelita voltou a atacar esta segunda-feira a localidade de Khan Younis, sul da Faixa de Gaza, com um balanço de dezenas de mortos, e ordenou à população do leste da cidade que volte a abandonar a zona.
Em comunicado, o Exército justificou a decisão pelo facto de o movimento islamista Hamas possuir uma "infraestrutura terrorista" na área, designada pelos israelitas "zona segura" em maio, no início da sua ofensiva sobre Rafah, a cidade mais a sul de Gaza e onde se concentravam centenas de milhares de palestinianos.
Israelitas e palestinianos na incerteza quanto ao futuro
A visita de Benjamin Netanyahu a Washington e a desistência de Joe Biden da corrida à Casa Branca marcam os dias de israelitas e palestinianos, enquanto lidam com os ataques.
Em Israel, a notícia chegou às primeiras páginas. Nas ruas de Telavive, as opiniões dividem-se, tal como nos Estados Unidos.
Antes de embarcar para os Estados Unidos, numa altura de impasse nas negociações para um cessar-fogo, o primeiro-ministro israelita sublinhou que o país tem sete frentes de guerra ativas.
No Iémen sucedem-se as trocas de ataques entre os houthis, apoiados pelo Irão, e Israel, com o porto de Hodeidah a ter sofrido grandes danos e o primeiro ataque do grupo rebelde a provocar vítimas em Telavive.
Em Gaza, Israel deu ordem de evacuação para vários bairros, mas os testemunhos e as autoridades palestinianas dizem que as famílias não tiveram tempo para sair.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, foram ultrapassados os 39 mil mortos desde o início da ofensiva israelita em outubro, e pelo menos quase 90 mil feridos.