O primeiro-ministro israelita agradeceu, esta quarta-feira, o apoio do presidente norte-americano, Joe Biden, mas também o de Donald Trump, afirmando que este "fez muito por Israel". Benjamin Netanyahu está em Washington, esta quarta-feira, onde discursou perante o congresso norte-americano, que lhe concedeu uma ovação de pé.
Falando sobre a situação no Médio Oriente, o líder israelita fez questão de apontar o dedo ao Hamas e ao Irão, falando num confronto “entre os que glorificam a morte e aqueles que santificam a vida”.
E depois de, num passado recente, as relações entre os dois países terem parecido tremidas – com Joe Biden a criticar publicamente a ofensiva de Israel contra civis palestinianos -, Netanyahu faz agora um apelo à união - e ao "rápido envio" de apoio militar norte-americano, para "ajudar a pôr fim à guerra em Gaza".
“A América e Israel têm de permanecer unidos”, defendeu. “Quando estamos unidos, nós ganhamos e eles perdem. E garanto-vos uma coisa: nós vamos ganhar.”
No discurso perante o congresso, o chefe do Governo de Israel lembrou o dia 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, afirmando que aquilo que começou como “um dia perfeito” se transformou numa tragédia.
“Foram 20 ‘onzes de setembro’ num só dia”, atirou, apelando ao sentimento dos norte-americanos, comparando a dimensão da tragédia em Israel com aquela que atingiu os Estados Unidos em 2001.
Benjamin Netanyahu enumerou os crimes cometidos pelos militantes do Hamas e contou a história de uma das reféns raptadas. Recordou o pedido que lhe foi feito diretamente pela mãe desta, a sofrer de um cancro terminal: que a filha fosse resgatada. Em mais um exercício de apelo à emoção, Netanyahu revelou que a jovem foi, de facto, resgatada pelas forças israelitas e que estava, esta quarta-feira, ali presente, na sala do congresso norte-americano.
O primeiro-ministro israelita declarou, de seguida, estar empenhado em resgatar todos os reféns, não descansando “até que todos estejam em casa”.
O discurso de Benjamin Netanyahu foi recebido, fora do capitólio, com protestos de manifestantes anti-Israel. A estes, o líder israelita respondeu que “deveriam ter vergonha” e que se tornaram “os idiotas úteis do Irão”, de quem diz Israel estar a proteger tanto os israelitas como os norte-americanos, ao "combater o desenvolvimento de armas nucleares".
"Israel fará o que for preciso para devolver a segurança à fronteira no Norte", avisou.
Depois do discurso perante o congresso norte-americano, o primeiro-ministro israelita vai ainda, durante esta visista aos Estados Unidos da América, reunir-se com o presidente Joe Biden, mas também com a agora candidata democrata Kamala Harris e o candidato republicano Donald Trump.
[Notícia atualizada às 20h01]