Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana, rejeita as acusações do presidente eleito. A dirigente anti-chavista diz que Maduro desrespeita a vontade popular. Nicolás Maduro foi proclamado presidente da Venezuela, mas diz estar em curso uma tentativa de golpe de Estado perante as dúvidas sobre a sua reeleição.
"Não aceitamos a chantagem de que defender a verdade é uma violência. Violência é insultar a verdade. Violência é desrespeitar a soberania popular que foi decidida no domingo. Não acreditem que se vai aceitar. Não acreditem que virão ajustar ou alterar atas. Nós conhecemos as atas originais e oficiais. O mundo já as viu", afirma.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) deu uma polémica vitória a Nicolás Maduro.
González Urrutia e Machado fizeram um comício com vários milhares de pessoas numa zona de Caracas, em que pediram aos cidadãos que estavam a exigir a ata da votação de domingo - com a qual, afirmam, será possível provar que a oposição derrotou Maduro por uma larga margem - que continuem a exigir saber a verdade de forma pacífica.
Desde as eleições, houve múltiplos protestos em Caracas e em grande parte do país em rejeição aos resultados fornecidos pelo CNE, ações respondidas, em alguns casos, com repressão por parte das forças policiais e militares.
Nicolás Maduro foi esta segunda-feira oficialmente proclamado presidente eleito da Venezuela pela CNE, mas apesar da vitória alegou estar em curso uma tentativa de golpe de Estado "de natureza fascista", perante dúvidas sobre o processo da sua reeleição, rejeitada pela oposição e parte da comunidade internacional.
No poder desde 2013, Nicolás Maduro prepara-se para um terceiro mandato de seis anos, após suceder a Hugo Chávez na presidência da Venezuela.