O presidente norte-americano declarou, esta quinta-feira, que o acordo para a troca de prisioneiros conseguido com a Rússia foi “um feito da diplomacia”. Joe Biden sublinhou o contributo dos aliados e defendeu que se trata de uma prova de que os Estados Unidos da América “precisam de amigos no mundo”.
A Rússia e o Ocidente chegaram, esta quinta-feira, a um acordo para a troca de 26 prisioneiros. Este será um dos maiores acordos alcançados desde a Guerra Fria e o primeiro a acontecer desde dezembro de 2022.
“O acordo que garante a liberdade de Paul, Evan, Alsu, e Vladimir foi um feito da diplomacia”, começou por escrever Joe Biden, numa publicação feita na rede social X.
“Ao todo, negociámos a libertação de 16 pessoas na Rússia - algumas estavam injustamente detidas há anos", revelou, detalhando, depois, que o grupo inclui cinco cidadãos alemães e sete russos, que eram prisioneiros políticos no próprio país
“Todos suportaram um sofrimento inimaginável. Hoje, a agonia deles terminou”, afirmou.
Mais tarde, numa declaração oficial a partir da Casa Branca, Biden assegurou que esta troca de prisioneiros não vai mudar a política dos EUA em relação à Rússia e garantiu que não precisa de falar com Vladimir Putin.
O presidente dos Estados Unidos declarou-se "grato aos aliados" por colaborarem nas negociações.
“As alianças deixam-nos mais seguros”
“O dia de hoje prova porque é que precisamos de amigos no mundo”, defendeu. “As alianças deixam-nos mais seguros.”
A Turquia diz ter mediado a troca de prisioneiros, nas quais terão estado envolvidos os Estados Unidos, a Alemanha, a Polónia, a Eslovénia, a Noruega, a Rússia e a Bielorrússia.
"Dez prisioneiros, incluindo dois menores, foram transferidos para a Rússia, 13 para a Alemanha e três para os Estados Unidos", informou a Presidência turca.
Quem são os prisioneiros libertados?
A libertação inclui cidadãos como o jornalista norte-americano Evan Gershkovich (que estava destido desde março de 2023, condenado a 16 anos de prisão por espionagem) e o jornalista espanhol Pablo González (que esteve preso na Polónia durante quase dois anos e meio).
Entre os prisioneiros libertados, estão também o ex-fuzileiro norte-americano Paul Whelan (preso na Rússia desde o final de 2018); Vadim Krassikov, um alegado agente russo (preso na Alemanha pelo assassinato de um ex-comandante separatista checheno em Berlim); Rico Krieger (um alemão condenado na Bielorrússia por terrorismo) e o opositor russo Ilia Iachine (condenado, no final de 2022 a oito anos e meio de prisão, por ter denunciado crimes da Rússia na Ucrânia).