Israel lida com a ameaça de um alargamento do conflito no Médio Oriente. Isto depois do Líder Supremo do Irão ordenar uma retaliação direta contra Telavive, depois da morte do líder do Hamas. A norte, o exército israelita tenta afastar o Hezbollah da fronteira. O relato é do correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman.
"A grande pergunta que se faz no Médio Oriente e por todo o mundo é se vai haver uma guerra geral entre o Hezbollah e Israel e se o Irão irá entrar. Mas em qualquer caso, a impressão é que ninguém quer realmente uma guerra geral e que ninguém está preparado para isso. Mas é bastante óbvio que vai haver uma reação aos dois ataques israelitas", apontou Cymerman.
Irão "preparado" para a guerra com o Irão
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, disse esta quarta-feira que o país está preparado para todos os cenários, embora não deseje a guerra com o Irão, após um ataque em Teerão que matou um líder do Hamas.
"Não queremos a guerra, mas estamos a preparar-nos para todas as possibilidades", admitiu Gallant, o primeiro alto funcionário do Governo israelita a falar após a morte do líder do movimento islamita palestiniano Hamas Ismail Haniyeh, num ataque na capital iraniana.
O ministro da Defesa visitou uma bateria do sistema de defesa antimíssil de longo alcance 'Arrow' também depois do ataque israelita de terça-feira contra Beirute, num bombardeamento seletivo que matou o comandante-chefe da ala militar do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr.
O ataque israelita a Beirute e a morte de Haniyeh - que o Hamas também atribui a Israel - fizeram soar o alarme na região relativamente às possíveis respostas tanto do Irão como das milícias islamitas contra o Estado judaico.