Depois de um incêndio de grandes dimensões ter lavrado na região de Vrilissia, a norte de Atenas, os residentes regressaram às localidade afetadas e depararam-se com um cenário desolador.
O pior incêndio do ano na Grécia, até ao momento, deflagrou no domingo e provocou a morte de uma pessoa. Esta terça-feira, continua ativo ainda que com menos intensidade.
Centenas de bombeiros foram mobilizados para a aldeia de Varnavas, a 35 quilómetros de Atenas, local onde o incêndio teve origem. Espalhou-se depois para os subúrbios da capital grega, sufocando a cidade com fumo e cinzas.
À agência Reuters, Sakis Morfis, de 70 anos, revela que teve de abandonar a sua habitação quando percebeu que não havia alternativa.
O reformado, que esta terça-feira regressou a Vrilissia, conta que deixou todos os pertences para trás porque a sua principal preocupação era salvar os seus cães. Agora, perdeu tudo.
"Não resta nada. Não há ânimo, não há coragem, já não há dinheiro, ficou tudo destruído", confessa.
Atira ainda responsabilidades às autoridades locais que, segundo o próprio, não adotaram medidas preventivas, nem cuidados especiais.
Outro habitante local, Meletis Makris, que vive em Vrilissia há 35 anos, garante que nunca tinha visto um incêndio naquela zona.
Em declarações à Reuters, o grego revela que quando teve de abandonar a sua localidade receou que os pinheiros do seu quintal piorassem a situação, caso as chamas se aproximassem da sua habitação.
Apesar do susto, esta terça-feira quando regressou a Vrilissia, pôde respirar de alívio:
"Quando conseguimos passar e vimos que a casa ainda estava de pé, foi outra coisa".