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Rússia acusa NATO e Ocidente de ajudarem Ucrânia na incursão a Kursk

Os Estados Unidos da América já vieram negar qualquer envolvimento na incursão ucraniana. No entanto, a Rússia acusa a Casa Branca de mentir: Sem a sua participação e apoio direto, Kiev não conseguiria aventurar-se em território russo".

Rússia acusa NATO e Ocidente de ajudarem Ucrânia na incursão a Kursk
ROMAN PILIPEY

A Rússia acusou a NATO e os países aliados do Ocidente de estarem diretamente envolvidos no planeamento da ofensiva ucraniana na região russa de Kursk.

As acusações foram feitas pelo assessor do Kremlin, Nikolai Patrushev, numa entrevista ao jornal Izvestia, que acusou ainda os Estados Unidos da América de mentir depois do país ter negado qualquer envolvimento na operação.

“A operação na região de Kursk também foi planeada com a participação da NATO e das forças especiais ocidentais”, disse na entrevista divulgada esta sexta-feira.

“As declarações da liderança dos EUA de que não está envolvida nos crimes de Kiev na região de Kursk são mentira... Sem a sua participação e apoio direto, Kiev não conseguiria aventurar-se em território russo.”

Estas declarações surgiram depois de o Ministério da Defesa da Rússia ter divulgado imagens que mostram armas norte-americanas a serem usadas pelas tropas ucranianas em Kursk.

Anteriormente, a Casa Branca garantiu que não tinha sido informada previamente da incursão da Ucrânia em território russo e que Washington não estava envolvido na operação.

Na quarta-feira, o Presidente ucraniano assegurou que as suas tropas "avançam com sucesso": "Avançamos com sucesso na região de Kursk, atingimos o nosso objetivo estratégico".

"A Ucrânia está a defender-se a si própria e às vidas das pessoas das comunidades fronteiriças, e ainda a promover passos decisivos em território russo. As nossas forças cumprem escrupulosamente os requerimentos das convenções internacionais e a lei humanitária."

O comando militar ucraniano assegurou também que mantém sob controlo mais de 70 localidades russas e que tem planos para a formação de "corredores humanitários" para a retirada de civis.