O líder venezuelano Nicolás Maduro acusa os Estados Unidos da América de estarem a tentar intrometer-se nas eleições da Venezuela.
"Rejeito em absoluto que os Estados Unidos estejam a tentar tornar-se a autoridade eleitoral da Venezuela ou de qualquer outra parte do mundo", disse Maduro aos jornalistas.
As declarações do Presidente venezuelano surgem depois de o homólogo norte-americano, Joe Biden, ter dito que apoiava a sugestão do Brasil para a realização de novas eleições, com a presença de observadores internacionais.
Esta quinta-feira, Lula da Silva sugeriu novas eleições como uma solução potencial para a crise política no país. Outra das soluções apresentadas pelo Presidente brasileiro é um “governo de coligação”.
A autoridade eleitoral da Venezuela proclamou Nicolás Maduro vencedor das eleições de julho com 51% dos votos, embora ainda não tenha divulgado as contagens de votos.
O Supremo Tribunal da Venezuela já começou a analisar dezenas de caixas com atas eleitorais.
Nicolás Maduro, que foi reeleito presidente numas eleições muito contestadas, com suspeitas de fraude, recorreu a este tribunal na semana passada para ser feita a verificação dos resultados eleitorais.
A oposição interna exige que a Comissão Nacional Eleitoral divulgue a contagem detalhada dos votos e denuncia uma alegada opacidade deste órgão, bem como do Supremo Tribunal, acusados de estarem alinhados com o governo de Maduro.