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Há cada vez mais relatos de ataques de ursos em países europeus

Na Roménia, apesar do aumento das quotas de abate os relatos de incidentes continuam.

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Na autoestrada que atravessa os Cárpatos romenos, os ursos a pedir comida na berma da estrada são já cenário habitual. Perderam o medo dos humanos que agora temem os animais e pedem o controlo da situação.

“O perigo para a população é demasiado grande. É evidente que há cada vez mais feridos e mortos. Precisamos de medidas radicais como quotas de caça e de abate como no passado”, afirmou Mihai Dumitrescu, guarda florestal.

"Quando não se faz nada durante décadas, a dada altura a população dos Alpes tornar-se-á tão grande que os ursos se dirigirão para as aldeias, onde é mais fácil obter alimentos", garantiu Martin Freinademetz, morador.

Estima-se que a floresta dos Cárpatos romenos seja casa para mais de 6 mil ursos, é uma das maiores populações da Europa.

Nos mercados como este, perto da floresta os animais são clientes habituais e os relatos de ataques aos rebanhos são cada vez mais frequentes.

Uma realidade partilhada com outros países euopeus como a austria, onde mais de 100 ovelhas e cabras foram mortas por ursos nos últimos três anos.

"Não foi bonito de se ver, claro. As outras ovelhas ficaram muito afetadas. Agora, já não faço caminhadas aqui ao final do dia”, contou Katrin Braunhofer, agricultora.

No mês passado os deputados romenos duplicaram as quotas dos abates anuais de ursos depois de um ataque mortal a uma jovem.

Desde 2004 estima-se que pelo menos uma pessoa tenho morrido por ano devido a ataques de ursos na Roménia.