Milhares do lado do Governo, milhares da oposição. Os dois lados foram às ruas de Caracas para assinalar um mês sobre as eleições da Venezuela que ambos reclamam ter vencido.
Sem a presença do candidato presidencial ao lado, no comício que percorreu de autocarro algumas ruas da capital, a líder da oposição, Maria Corina Machado, fez denúncias de repressão das autoridades venezuelanas.
"A Comissão Interamericana dos Direitos Humanos dennuncia aquilo a que chamou "práticas de terrorismo de Estado". O que eles fizeram é brutal. Mais de 2.500 pessoas estão detidas, incluindo mais de 150 crianças, presas, raptadas por Nicolás Maduro".
Do lado do Governo, e com direito a transmissão televisiva, milhares de pessoas deslocaram-se para a frente do Palácio Presidencial, para ver Nicolas Maduro, com a espada de Bolivar na mão, autoproclamar-se presidente e ameaçar com prisão o candidato da oposição.
A procuradoria geral já fez uma terceira convocatória Edmundo Gonzalez Urrutia, considerada pela instituição que apoiou a vitória de Maduro como a última diligência antes da detenção.
Quer o procurador geral da República, como o Supremo Tribunal, validaram as atas eleitorais fornecidas pelo Governo de Maduro, que nunca foram mostradas publicamente.