O presidente russo, Vladimir Putin, já está na Mongólia, Estado-membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de detenção contra o líder do Kremlin por "deportação ilegal" de crianças ucranianas.
Vladimir Putin vai participar nas comemorações dos 85 anos da batalha onde as tropas soviéticas e mongóis derrotaram o exército japonês, na Segunda Guerra Mundial. Esta manhã esteve com o presidente do país.
Esta será a primeira viagem do Presidente russo a um país signatário do Estatuto de Roma desde que o TPI emitiu um mandado de captura contra Putin, em março de 2023.
No encontro com o presidente mongol, Vladimir Putin disse que as relações com a Mongólia estão numa fase de crescimento e sublinhou a cooperação dos países no comércio e na educação.
A Mongólia assinou o Estatuto de Roma em 2000, antes de o ratificar em 2002.
De acordo com a Comissão Europeia, o país tem obrigação de capturar Putin. No entanto, o Kremlin avançou na semana passada que o presidente russo recebeu garantias de que não será detido nesta visita.
O Kremlin sempre rejeitou firmemente as acusações do TPI contra o Presidente russo e contra Maria Lvova-Belova, comissária para os direitos da criança do Kremlin, devido à deportação de crianças das regiões ucranianas ocupadas por Moscovo na sequência da invasão lançada em fevereiro de 2022.
No entanto, Putin teve o cuidado de, durante quase um ano e meio, evitar viajar para o estrangeiro, por exemplo, faltando à cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) na África do Sul, em agosto de 2023, e depois à cimeira do G20 na Índia, em setembro do mesmo ano.