O tempo seco e quente, acima dos 30 graus, não dá tréguas aos 700 bombeiros que combatem as chamas desde segunda- feira no Vale da Calamuchita, situado nas montanhas de Córdova. A mudança do vento, durante a noite, não ajudou.
“Claro que o vento, a baixa humidade e a temperatura elevada foram a combinação perfeita. Alterou a frente do incêndio. O que era a cabeça do incêndio, de repente, passou a ser a cauda. E agora, o vento está a virar”, explica um bombeiro local.
A rápida propagação das chamas obrigou ao corte de uma estrada durante 6 horas. Por precaução, foi evacuada a cidade de Durazno com cerca de 100 moradores e muitos turistas que procuram a região nesta altura do ano.
“Disseram que temos de sair já da aldeia. (...) Chegámos cá com uma aldeia maravilhosa. É terrível que possa ficar tudo queimado”, conta um turista.
“Às 06:30 começou ali naquela ponta. A minha esposa viu e pensou que era uma nuvem passageira, mas não. Há pouco o vento acalmou e parecia que estava controlado. Agora , começou a ganhar novamente força, com o vento de sul (...) E mandaram-nos sair já daqui porque parece que também há fogo ali e se o vento muda, temos medo que venha para aqui”, explica um habitante local.
O diário argentino, La Nación, fala de condições extremas, com fortes rajadas de vento a chegar aos 45 Km/ hora que acabaram por dificultar o controlo dos vários focos de incêndio no Vale de Calamuchita.
Recorda, ainda, o fogo florestal de há 9 anos que destruiu 110 mil hectares em toda a província de Córdova.