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Análise

"Não são as Nações Unidas que vão ser capazes de travar tanto Israel como Hezbollah e evitar uma guerra a nível regional"

Ricardo Alexandre, comentador SIC e jornalista da TSF, considera que "não há grande grande alternativa a não ser que haja uma mudança de poder político em Israel e Benjamin Netanyahu tenta segurar-se ao poder com tudo o que pode".

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, alerta para o risco do intensificar do conflito entre Israel e o Hezbollah e que a região pode estar à beira de uma catástrofe. Ricardo Alexandre considera que não são as Nações Unidas que vão ser capazes de travar tanto Israel como Hezbollah e assim evitar uma guerra a nível regional.

"António Guterres, é excelente a fazer diagnósticos da situação, mas é Secretário-Geral de umas Nações Unidas cujo Conselho de Segurança está absolutamente paralisado devido aos jogos de poder entre as grandes potências - o bloqueio sistemático da Federação Russa e da China às tentativas de resolução que têm a marca das potências ocidentais e o mesmo também acontece do lado contrário. Portanto, do lado das Nações Unidas, não é possível esperar muito mais do que diagnósticos bastante realistas da realidade e a realidade no terreno mostra que estamos numa nova fase, numa escalada guerra já consolidada".

O escalar de um conflito armado "não é uma inevitabilidade se a pressão da opinião pública israelita for tal que obrigue Benjamin Netanyahu a fazer um acordo com o Hamas para a libertação dos reféns. Se isso acontecer, isso tem o potencial de fazer desescalar toda a instabilidade na região e todas as crises na região".

No entanto, sendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu "ele próprio um extremista, líder de um governo extremista" (...) que não querem qualquer espécie de acordo com Hamas, que procuram a eliminação total do movimento islamita palestiniano".

"Não há grande grande alternativa a não ser que haja uma mudança de poder político em Israel e Benjamin Netanyahu tenta segurar-se ao poder com tudo o que pode".

Visita de Zelensky aos EUA

Volodymyr Zelensky vai ser recebido por Joe Biden a 26 de setembro na Casa Branca e separadamente pela vice-presidente Kamala Harris. É considerada por muitos AA visita mais importante desde o começo da da guerra para convencer os norte-americanos autorizarem o uso de armas de longo alcance na Rússia.

"Há fontes de Washington que indicam que que Joe Biden está disposto, nos seus últimos meses de mandato, a deixar condições à Ucrânia para que a Ucrânia possa ser bem sucedida na guerra".