Esta madrugada, um míssil lançado a partir do Líbano contra Telavive foi intercetado pela defesa israelita.
Pela primeira vez o Hezbollah lançou um míssil para Israel, "um míssil balístico Qader 1 terra-terra tentou atingir a sede da Mossad numa clara retaliação a esse ataque espetacular, a tal operação James Bond dos pagers e walkie-talkies. Obviamente. Israel, que tem o melhor sistema defensivo do mundo, conseguiu intercetar".
"O ponto da situação é cada vez pior. Há 3,4 dias que há intensas de trocas de rockets por parte do Hezbollah para o norte de Israel e de ataques de Israel no sul do Líbano e também a leste, na região do vale do Vale do Beqaa e de Balbeque, onde estão as posições do Hezbollah".
Para Germano Almeida, a escalada do conflito "é evidente, com trocas de ataques há quase um ano, desde o 7 de Outubro, com o ataque Criminoso do Hamas em território Israelita. A Norte de Israel, o Hezbollah começou a atacar com mais intensidade".
"O balanço ao fim de três dias é absolutamente inaceitável. É uma situação até parecida com o que nestes meses tem acontecido em Gaza, ou seja, à luz de uma operação de segurança e à luz do direito de defesa, Israel está a fazer uma reação desproporcionada. É evidente que tem a ver com o facto de, de tal como o Hamas faz em Gaza, o Hezbollah faz no Líbano: usa a população civil para a proteção da sua parte militar, mas a verdade é que o balanço de mais de 600 mortos é absolutamente inaceitável".
A diplomacia está a falhar
Germano Almeida considera que as três guerra em curso - a Rússia na Ucrânia, Israel-Hamas em Gaza e agora Israel-Hezbollah no Líbano - "nessas três guerras diferentes assiste-se a uma espécie de tautologia que é: não vale a pena perguntar se a diplomacia está a falhar porque a diplomacia está a falhar. As guerras estão a agravar".
"Na minha opinião, o que estamos a assistir de forma trágica em plena Assembleia Geral da ONU que está a decorrer, é ao falhanço, à falência do sistema onusiano, ou seja, a ONU não tem neste momento os instrumentos capazes de travar estas situações e, portanto, o Conselho de Segurança da ONU, que está marcado para logo à noite. Infelizmente, as perspetivas e as esperanças. são nenhumas".