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Furacão Milton "é uma questão de vida ou morte", diz Biden

O Presidente dos EUA fez um apelo à população da Florida, que deverá ser atingida nas próximas horas pelo furacão Milton. Na SIC Notícias, o climatologista Mário Marques explica que o furacão perdeu força, mas ainda tem um poder "muito destruidor".

Florida
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A região da Florida, nos Estados Unidos, está a preparar-se para um dos furacões mais perigosos de sempre. Milhões de pessoas receberam ordem para abandonar as zonas mais afetadas e o autarca local deixou mesmo um aviso dramático às populações: quem não sair, pode morrer.

O climatologista Mário Marques explica que o furacão Milton - que se pensava que podia ser “o mais devastador dos últimos 100 anos” caso chegasse à terra na categoria 4 - perdeu força nas últimas horas, mas continua a ter um poder “muito destruidor”.

“Ele neste momento já está a enfraquecer. No entanto, quando os furacões tendem a enfraquecer, aumentam a sua área de abrangência (…) Mesmo na categoria 3, os ventos podem soprar por volta dos 200 quilómetros por hora, com rajadas que podem ir até aos 230km/h. Ainda é algo significativo e tem um poder muito destruidor.”

O Presidente dos EUA, Joe Biden, disse que o furacão Milton é uma “questão de vida ou morte” e pediu que todos que estiverem na sua rota deixem o local o mais rápido possível.

Para o climatologista Mário Marques, os EUA já aprenderam com o furacão Katrina, que “foi, infelizmente, uma lição muito grande" de que "a prevenção é importante". Em 2005, o Katrina atingiu o sudeste densamente povoado da Flórida e provocou a morte de cerca de 1.800 pessoas.

O temporal vai atingir primeiro a zona de Tampa, mas deve espalhar-se muito depressa a toda a península da Flórida e pode, mesmo, chegar aos Estados vizinhos da Geórgia e Carolina do Sul. Toda a área está ainda a recuperar da tempestade Helene, que matou mais de 230 pessoas e destruiu milhares de edifícios.