Os Estados Unidos e os países árabes estarão a negociar um acordo de cessar-fogo no Médio Oriente sem a participação de Israel. Negociações que envolvem o Qatar, o Irão, o Hezbollah e o Hamas, é o que avança o Channel Twelve. A confirmar-se então que há uma mesa de negociações com Washington, sem Telavive, “é mesmo muito importante saber que tipo de conversa pode haver entre Biden e Netanyahu”, defende Germano Almeida. Sobre a guerra na Ucrânia, o comentador da SIC aponta para um envolvimento cada vez mais forte da Coreia do Norte como aliado de Vladimir Putin.
“Ao contrário do que aconteceu nos últimos meses no último ano, a confirmar-se então que há uma mesa de negociações com os Estados Unidos por um lado, países árabes sunitas da região por outro, e Irão e Hezbollah e Hamas, por outro, sem Israel, é um dado novo da por parte da diplomacia americana e por isso digo que, de facto, é mesmo muito importante saber que tipo de conversa pode haver entre Biden e Netanyahu. Uma conversa que vem tarde na perspetiva em que nos últimos dias, as relações de facto se agravaram bastante até um pouco, pelas revelações do livro de Bob Woodward”, explica Germano Almeida.
O comentador da SIC acrescenta que este livro tem um excerto que revela que “o único momento em que Biden fez terá feito parar Netanyahu, foi naquela fase do ataque a Rafah, isso só aconteceu de acordo com as revelações de ontem, depois de Biden ter gritado ao telefone com a Netanyahu e lhe ter chamado mentiroso. Ora, Netanyahu estará furioso com estas revelações e isso explicará, aliás, o cancelamento, pelo menos o adiamento da viagem do ministro da Defesa Galant que hoje iria estar em Washington”.
Líbano: ONU acusa Israel de usar o mesmo método de guerra que em Gaza
Israel anunciou novas operações militares contra o Hezbollah, no sudoeste do Líbano. Foi destacada para a região uma nova divisão do exército. A imprensa israelita avança que o número total de soldados em território libanês pode ultrapassar agora os 15 mil. Entretanto, esta foi mais uma noite de ataques em Beirute.
A ONU acusa Israel de estar a usar os mesmos padrões e o mesmo método de guerra do que em Gaza. Germano Almeida realça que, de facto, essa parece ser uma realidade e sublinha: “O número de mortes dos primeiros dias é absolutamente assustador, vou só dar este exemplo. Só na primeira semana, fez ontem uma semana dessa incursão morreram mais de 2.000 pessoas no Sul do Líbano. Isso é quase o dobro do total de mortes da guerra de 2006, que durou 34 dias”.
Isso naturalmente não é bom sinal de todo o modo. Volto a dizer, parece-me que Netanyahu não vai parar dos seus, dos seus objetivos, de mostrar à sociedade Israelita que conseguiu eliminar a ameaça do Hezbollah a Norte de Israel.
Entraves do apoio da NATO à Ucrânia e a ajuda da Coreia do Norte à Rússia
O comentador da SIC começa explica que a Ucrânia representa um novo desafio para a NATO, que está mais naturalmente empenhada na resolução desta guerra, mas tem também a concorrência de um conflito de ainda maior proporção no Médio Oriente.
“Orban está cada vez mais a sinalizar que quer ser. Um travão à Ucrânia na NATO diz que a Ucrânia nunca entrará na NATO, está a impedir o financiamento por parte da União Europeia à Ucrânia e diz que vai abrir uma garrafa de champanhe se Trump, daqui a 27 dias, ganhar as eleições e isto mostra-nos como será cada vez mais difícil do ponto de vista do ponto de vista político e diplomático”, alerta Germano Almeida.
Sobre os aliados da Rússia, o comentador da SIC diz que “há cada vez mais sinais de que a Coreia do Norte está diretamente no terreno. Seul, a Coreia do Sul, disse que há soldados norte-coreanos no lado das tropas russas e, anteontem, Putin fez 72 anos e recebeu de Kim Jong-un os parabéns e, diz Kim Jong-un, do seu camarada mais próximo, Vladimir Putin”.