Milhares de pessoas deslocam-se agora para ajudar as autoridades a limpar ruas e casas dos vizinhos. Encontram-se no whatsapp ou no telegram. Aceitam a recomendação de não levar o carro e, a pé, estão prontos para o que houver.
“Mudar as coisas de sítio, limpar… Não posso ajudar de outra forma. Há muita lama e é preciso limpar. Farei o que mandarem fazer”, explica uma voluntária.
E há muito a fazer. As imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa mostram a unidade militar de emergências, um corpo das forças armadas, a retirar a água depositada nos andares do sub-solo. São 1700 os militares deslocados para as operações de socorro, limpeza e na busca de corpos ainda por encontrar. Dezenas e dezenas dizem as autoridades espanholas. As forças armadas vão instalar duas morgues em Valência.
A nível administrativo foram admitidos 100 novos funcionários para agilizar a tramitação da ajuda aos mais necessitados. Nos acessos, a auto-estrada de Valência e Madrid já se encontra transitável, apesar dos carros amontoados ainda por recolher.
O ministro dos transportes espera restabelecer a ligação ferroviária entre Madrid e Valência em duas semanas. Já as ligações regionais vão demorar mais tempo porque ficaram mais danificadas. 25 milhões de euros serão aplicados na recuperação dos 80 quilómetros de estradas nacionais afetadas.
Na província de Huelva, a mais próxima do Algarve, foram registados 80 incidentes esta madrugada. Os 70 litros por metro quadrado provocaram inundações de ruas, casas térreas e garagens. Huelva está em aviso vermelho este fim de semana, a comunidade valenciana mantém-se no laranja.