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Cheias em Valência: profissionais de saúde e voluntários são a 'luz ao fundo do túnel' dos moradores

Recomeçar é no que milhares de sobreviventes da tempestade, que assolou a Comunidade Valenciana na terça-feira, se concentram agora. Sobrevivem dependendo de ajuda até para suprir as necessidades básicas.

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O impulso de salvar ativa-se nos outros, naqueles que assistem à tragédia no conforto de casa e querem partilhar. A cadeia de entreajuda é mais visível nalgumas atividades e zonas, noutras, o sentimento de abandono toma conta dos sobreviventes.

Sem teto e sem contacto com familiares, por causa do corte das comunicações, há equipamentos que se convertem em abrigos temporários como uma escola, na pequena cidade de Requena.

Para trás parece ter ficado o pior do pesadelo que ainda é sombrio, mas as imagens de ruas transformadas em rios num ápice e de vizinhos em agonia, ainda são intensas como relatam alguns moradores da cidade de Chiva.

A tristeza tolhe e está a tomar conta de António que prefere afastar-se e esquecer.

"Eu e a minha mulher já não queremos viver aqui, é um pesadelo", confessa.

Ter o negócio arruinado preocupa Teresa e a mãe que lamentam, sobretudo, a perda de memórias irrecuperáveis de família.

Cuidar da saúde é fundamental nestes dias de desespero por isso, profissionais de saúde e voluntários apressaram-se a providenciar cuidados especializados, como medicamentos, por exemplo.

O apoio dos voluntários é, para quem está frágil e vulnerável, um bálsamo precioso.