Os trabalhos das equipas de busca e salvamento continuam por toda a região. Este sábado a Guarda Civil recuperou o corpo de uma vítima. Até ao momento há 211 mortes confirmadas. As autoridades estimam que os desaparecidos possam ser mais de mil, ou seja, o número de vítimas mortais pode subir nos próximos dias.
Em Paiporta e Sueca, duas das cidades mais afetadas da região de Valência, a guarda civil utiliza helicópteros e lanchas nas operações. Procuram o que conseguem em garagem completamente inundadas.
Em oito horas choveu o mesmo que costuma chover num ano e provocou cheias repentinas e devastadoras. A pequena cidade de Requena, a cerca de 70 quilómetros de Valência, foi convertida num abrigo temporário. Por estar num plano mais elevado foi menos afetada pelas catástrofe.
A eletricidade começa a chegar a muitas das casas mas, mesmo assim, grande parte da cidade continua sem telecomunicações. Apesar dos difíceis trabalhos de resgate e socorro, algumas ruas inundadas começam a ficar limpas. De acordo com as autoridades locais, muitas estradas, pontes e linhas ferroviárias ficaram completamente destruídas.
No terreno continuam os esforços de milhares de voluntários para limpar as estradas e as casas cobertas de lama. Em Alfafar os bombeiros continuam a retirar destroços de dezenas de veículos num túnel.
A inundação repentina mais mortíferas da história moderna de Espanha, levou o Presidente da Região Autónoma de Valência, Carlos Mazón, a anunciar a criação de cinco grupos de "resposta imediata" com a ajuda do Governo.
Numa outra resposta, de solidariedade com as vítimas, a equipa de acrobacias da Força Aérea Espanhola formou as cores da bandeira de Valência. Um apoio chega de todo o país.