O número de militares nas zonas afetadas pelas inundações em Espanha vai aumentar para 7.800 nas próximas horas, disse o general que comanda o dispositivo das forças armadas espanholas que estão no terreno, Javier Marcos.
O tenente-general afirmou que a situação no terreno é de "grande complexidade", com uma "terrível destruição de infraestruturas", que dificultou e continua a dificultar a mobilidade das equipas militares de emergência. Ainda assim, e mesmo após ter voltado a chover no domingo em algumas das zonas afetadas pelas cheias da semana passada, a situação no terreno, seis dias após as inundações, está melhor, "mas é preciso tempo", garantiu.
Perante a situação no terreno e a quantidade de meios já mobilizados para a resposta, é necessário "disciplina" na atuação, para não aumentar o caos, disse ainda Javier Marcos, que sublinhou compreender e partilhar "o sentimento das pessoas afetadas" de que demorou ou continua a demorar a assistência de que precisam.
O tenente-general pediu "paciência" às populações. "Compreendam que estamos a fazer tudo o que podemos", afirmou, numa conferência de imprensa em Madrid, na sede do Governo espanhol, após a reunião do Comité de Crise nacional para acompanhar os efeitos do temporal que atingiu o leste de Espanha, em especial a região de Valência, na passada terça-feira, e que causou pelo menos 217 mortos.
Javier Marcos disse que a disponibilidade das Forças Armadas é total para reforçar os meios já no terreno, se assim o solicitar o governo regional da Comunidade Valenciana, a quem compete o comando da resposta às inundações. Há neste momento 6.600 militares no terreno, que passarão a ser 7.800 a partir das 20:00 locais (19:00) em Lisboa, disse.