O rasto de destruição deixado pela água é impossível de ignorar e pouco deixou de pé neste lar em Sedavi, na cidade de Valência. Todos os residentes e trabalhadores desta instituição estão bem, mas os danos materiais são incalculáveis e obrigam ao isolamento dos idosos.
“Há 125 residentes aqui. No dia do aviso, tentámos que jantassem rápido e quando se deu o incidente, uma inundação remenda, felizmente já só estavam aqui 10 ou 12 residentes. A equipa da residência geriu tudo muito bem e conseguiram tirá-los a todos daqui sem que se molhassem (...) Estamos numa situação muito parecida com a da Covid. Infelizmente, já estávamos habituados. Ficaram nos quartos ou nas salas de convívio. Agora, contamos com a ajuda de muitos voluntários e meios que a empresa forneceu para tentar voltar à normalidade rapidamente”, relata Marcos Turro, diretor do Lar.
Como este lar, todo o município de Sedavi é outro antes e depois das cheias. As preocupações são comuns: caves e garagens continuam a ser as principais prioridades das autoridades Num dos parques de estacionamento subterrâneo da cidade, os bombeiros preparam-se para mergulhar.
“Recebemos um aviso de que podia haver 12 a 15 pessoas. Parece que alguém viu pessoas a entrar, mas não a sair. Ainda não sabemos, para já é só especulação. Não é certo, é só algo que nos informaram. Até podermos confirmar, não sabemos se é verdade”, diz José Maria González, bombeiro de Madrid.
Só neste estacionamento podem ser quase 15 as pessoas desaparecidas, mas em toda a província de Valência, a mais afetada pelas cheias, este número pode chegar aos 2 mil.