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Maiores poluidores do mundo não estarão representados ao mais alto nível na Cimeira do Clima

As Nações Unidas querem que da COP 29 saiam mais do que boas intenções. A Cimeira do Clima arranca esta segunda-feira, em Baku, no Azerbeijão, onde são esperados diversos líderes mundiais.

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Chefes de Estado e de Governo, ministros e centenas de especialistas reúnem-se esta semana em Baku, no Azerbeijão, para discutir as alterações climáticas e os inúmeros desafios que estão a criar para o planeta. A ONU espera que, da COP 29, não saiam apenas boas intenções, mas compromissos concretos.

"Vamos deixar de lado a ideia de que o financiamento da ação climática é uma caridade. Um novo e ambicioso objetivo de financiamento climático é inteiramente do interesse de todas as nações, incluindo as maiores e as mais ricas. Mas não basta chegar a acordo sobre um objetivo. Temos de trabalhar mais intensamente para reformar o sistema financeiro global, dando aos países o espaço fiscal de que tanto precisam.", disse Simon Stiell, responsável do grupo de trabalho das Nações Unidas para as alterações climáticas.

A China e os Estados Unidos, os maiores poluidores do mundo, não estarão representados ao mais alto nível em Baku. Pequim enviará um embaixador, enquanto Washington se limitará a um conselheiro e alguns peritos, o que revela o nível de prioridade que ambos os países atribuem a estas cimeiras, apesar da gravidade da situação.

Com 2024 a ser o ano mais quente de sempre, o nível das águas dos oceanos a subir e com algumas nações arquipélagos a realojar habitantes, o impacto das alterações climáticas é cada vez mais visível. Os glaciares estão a derreter a um ritmo acelerado, e fenómenos como incêndios, cheias e tempestades tornam-se mais frequentes e intensos.

O objetivo principal da COP 29 é encontrar soluções que garantam que o aumento da temperatura média global não ultrapasse os 1,5 graus Celsius.