Os danos em dois cabos de fibra ótica terrestre detetados na Finlândia parecem ter origem acidental. O anúncio foi feito pelas autoridades finlandesas, depois de um ministro sueco ter levantado a suspeita de sabotagem.
Desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, houve pelo menos três incidentes de possível sabotagem em cabos e gasodutos, que percorrem o fundo do Mar Báltico.
A NATO está a intensificar as patrulhas e os Aliados estão a investir em tecnologias inovadoras que monitorizam atividade suspeita e podem proteger melhor equipamento crucial.
A meio de novembro, a rutura de dois cabos de telecomunicações no Mar Báltico, um que liga a Suécia à Lituânia e o outro a Finlândia à Alemanha, serviu para testar procedimentos.
A suspeita recaiu de imediato num cargueiro chinês que tinha partido do porto russo de Ust-Luga no Mar Báltico e foi avistado no local.
30 navios da NATO e 4 mil militares foram encaminhados para o mar Báltico.
A tripulação do Yi Peng 3 continua sob investigação, suspeita de sabotagem por ter arrastado a âncora no fundo do mar ao longo de 160 quilómetros.
Os cabos de telecomunicações, as linhas de energia e os gasodutos na região pouco profunda do Báltico são particularmente vulneráveis ao intenso tráfego de navios, mas também em terra, a segurança das infraestruturas não está garantida.
A mais recente interrupção nas telecomunicações afetou 6 mil clientes e cerca de 100 empresas.
Esta segunda-feira a empresa GlobalConnect avançou que dois cabos óticos terrestes tinham sido danificados, numa infra-estrutura que liga a Finlândia à Suécia.
Nos últimos dias, o chefe do serviço informações do MI6 britânico alertou que a Rússia está a levar a cabo uma campanha de sabotagem contra os aliados ocidentais da Ucrânia e afirmou que em conjunto com a França, o reino unido está a mobilizar esforços para mitigar a ameaça.