Na Geórgia, continuam os violentos protestos contra a suspensão das negociações de adesão à União Europeia. Há quase 300 detidos e pelo menos 26 feridos.
Nem canhões de água, nem gás lacrimogéneo, nem barreiras policiais travam os milhares de manifestantes pró-União Europeia em Tbilisi.
Ao sexto dia de protestos na capital da Geórgia, o balanço aproxima-se das 300 pessoas detidas, há também registos de 26 feridos das quais 23 manifestantes e três polícias.
Geórgia a ferro e fogo: o que originou a onda de protestos?
Os protestos começaram na última quinta-feira, após o partido Sonho Georgiano, no poder desde 2012, ter suspendido as negociações para eventual adesão à União Europeia.
Na comunidade internacional diversas vozes se levantam em apoio à causa dos manifestantes e contra a repressão policial.
A presidente do país, cujo mandato acaba no fim do mês, recusa a deixar o cargo por considerar o Parlamento ilegítimo. Diz que as últimas eleições legislativas foram uma fraude.
Entretanto, o primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, assegura que o país não desistiu da integração europeia, embora tenha adiado as negociações até ao final de 2028.