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Tensão na Geórgia não dá tréguas: quase 300 pessoas já foram detidas desde o início dos protestos

Os apoiantes da adesão ao bloco de 27 membros têm-se manifestado em força para protestar contra a decisão do Governo de suspender o processo. O pequeno país do Cáucaso, que se situa numa encruzilhada entre as culturas eslava, turca e persa, viu-se recentemente a navegar no impasse geopolítico entre a Rússia e o Ocidente democrático.

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Na Geórgia, continuam os violentos protestos contra a suspensão das negociações de adesão à União Europeia. Há quase 300 detidos e pelo menos 26 feridos.

Nem canhões de água, nem gás lacrimogéneo, nem barreiras policiais travam os milhares de manifestantes pró-União Europeia em Tbilisi.

Ao sexto dia de protestos na capital da Geórgia, o balanço aproxima-se das 300 pessoas detidas, há também registos de 26 feridos das quais 23 manifestantes e três polícias.

Geórgia a ferro e fogo: o que originou a onda de protestos?

Os protestos começaram na última quinta-feira, após o partido Sonho Georgiano, no poder desde 2012, ter suspendido as negociações para eventual adesão à União Europeia.

Na comunidade internacional diversas vozes se levantam em apoio à causa dos manifestantes e contra a repressão policial.

A presidente do país, cujo mandato acaba no fim do mês, recusa a deixar o cargo por considerar o Parlamento ilegítimo. Diz que as últimas eleições legislativas foram uma fraude.

Entretanto, o primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, assegura que o país não desistiu da integração europeia, embora tenha adiado as negociações até ao final de 2028.