Mundo

CORRESPONDENTE SIC

Macron quer apresentar novo primeiro-ministro "dentro de 48 horas"

A conclusão surge após a reunião no Palácio do Eliseu entre o presidente francês e os principais partidos e grupos parlamentares. Ainda assim, o encontro acabou sem acordo à vista.

Loading...

O Presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta terça-feira aos líderes partidários reunidos no Palácio do Eliseu que pretende nomear um novo primeiro-ministro "dentro de 48 horas".

Quase uma semana após a queda do governo de Michel Barnier, o presidente francês conseguiu algo inédito durante os seus mandatos. Conseguiu sentar à mesma mesa das negociações partidos de esquerda e de direita para escolher um novo primeiro-ministro, excluindo destes contactos a esquerda radical França Insubmissa (LFI) e a extrema-direita União Nacional (RN), para tentar abrir o caminho para a nomeação evite novas censuras.

A comitiva de Macron, que nos últimos dias efetuou diversas reuniões com várias fações políticas, afirmou esperar que esta reunião com líderes partidários e presidentes de grupos parlamentares, todos na mesma sala do palácio presidencial, permita avançar para "um acordo sobre um método" para a nomeação de um novo chefe de governo.

Os partidos de esquerda da coligação Nova Frente Popular (NFP), nomeadamente o Partido Socialista, esperam que esta primeira reunião conjunta conduzida por Macron seja também a última.

Enquanto os socialistas, os ecologistas e os comunistas estiveram reunidos com Macron por duas horas e meia, o LFI (aliado na NFP), não foi convidado.

Para mostrar a sua boa-fé, os participantes de esquerda na reunião dizem que querem uma mudança de direção política, em particular no que diz respeito às pensões.

A pressão para nomear rapidamente um novo chefe de Governo está ligada, nomeadamente, à situação financeira do país, já que a França tem o pior desempenho dos 27 Estados-membros da União Europeia, com exceção da Roménia, a nível de Produto Interno Bruto (PIB).

Na quarta-feira, o projeto de "lei especial" anunciado por Macron após a censura do Governo, para permitir ao Estado cobrar impostos a partir de 01 de janeiro, será apresentado numa reunião do Conselho de Ministros ainda presidida por Michel Barnier, segundo o Eliseu.

Com LUSA