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Natal em tempo de guerra: celebrações limitadas devido aos conflitos na Europa e Médio Oriente

Mais de um século depois, em 1914, durante a Primeira Guerra Mundial suspendeu-se a guerra por umas horas e os soldados de ambos os lados das trincheiras voltaram a ser apenas civis. Agora em 2024, num mundo completamente diferente, não há indícios de paz num futuro próximo.

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Não houve tréguas este Natal, nos cenários de conflito na Europa e Médio Oriente. Na frente de batalha ou na retaguarda, poucos conseguiram celebrar a tradição cristã.

Em dezembro de 1914, durante a Primeira Guerra Mundial suspendeu-se a guerra por umas horas e os soldados de ambos os lados das trincheiras voltaram a ser apenas civis.

Um século depois foi feita uma reconstituição da trégua de Natal improvisada, que ficou para a história. Uma paz transitória que não tem eco nos teatros de guerra da atualidade.

Na Ucrânia, houve intensificação dos ataques. Os ucranianos celebraram o Natal pelo segundo ano, a 25 de dezembro e não a 7 de janeiro afastando-se da Igreja Ortodoxa russa.

Na frente leste, os militares ucranianos passaram mais um Natal no campo de batalha, longe de casa.

A família está longe, as saudades apertam e os combates longe de abrandar intensificaram-se no Natal, sobretudo em Donetsk.

Situação idêntica no Médio Oriente

Longe de casa, no acampamento para deslocados de Muwasi, um casal de idosos da cidade de Gaza, lamenta que a guerra entre Israel e o Hamas os tenha privado da mais importante celebração da religião que abraçaram.

Em Tiro, no Líbano onde Israel lançou em outubro uma grande ofensiva para eliminar o Hezbollah, a destruição causada pelos bombardeamentos matou o espírito natalício.

Na Síria, a queda regime de Bashar al-Assad e a tomada de poder pelos rebeldes islâmicos não impediu que dezenas de cristãos assistissem à missa de Natal em Damasco.

O líder prometeu liberdade religiosa mas já se registaram incidentes contra símbolos de origem pagã mas tradicionalmente ligados ao Natal.