Não houve tréguas este Natal, nos cenários de conflito na Europa e Médio Oriente. Na frente de batalha ou na retaguarda, poucos conseguiram celebrar a tradição cristã.
Em dezembro de 1914, durante a Primeira Guerra Mundial suspendeu-se a guerra por umas horas e os soldados de ambos os lados das trincheiras voltaram a ser apenas civis.
Um século depois foi feita uma reconstituição da trégua de Natal improvisada, que ficou para a história. Uma paz transitória que não tem eco nos teatros de guerra da atualidade.
Na Ucrânia, houve intensificação dos ataques. Os ucranianos celebraram o Natal pelo segundo ano, a 25 de dezembro e não a 7 de janeiro afastando-se da Igreja Ortodoxa russa.
Na frente leste, os militares ucranianos passaram mais um Natal no campo de batalha, longe de casa.
A família está longe, as saudades apertam e os combates longe de abrandar intensificaram-se no Natal, sobretudo em Donetsk.
Situação idêntica no Médio Oriente
Longe de casa, no acampamento para deslocados de Muwasi, um casal de idosos da cidade de Gaza, lamenta que a guerra entre Israel e o Hamas os tenha privado da mais importante celebração da religião que abraçaram.
Em Tiro, no Líbano onde Israel lançou em outubro uma grande ofensiva para eliminar o Hezbollah, a destruição causada pelos bombardeamentos matou o espírito natalício.
Na Síria, a queda regime de Bashar al-Assad e a tomada de poder pelos rebeldes islâmicos não impediu que dezenas de cristãos assistissem à missa de Natal em Damasco.
O líder prometeu liberdade religiosa mas já se registaram incidentes contra símbolos de origem pagã mas tradicionalmente ligados ao Natal.