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"Ainda estou em choque": o relato de quem sobreviveu ao sismo que matou centenas no Tibete

O terramoto deixou um rasto de morte e destruição. Entre edifícios deformados e outros triturados pela força do abalo, multiplicam-se, agora, os trabalhos das equipas de resgate que vasculham os escombros à procura de sobreviventes.

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Um forte sismo na região do Tibete, na China, causou mais de 120 mortos e quase 200 feridos. O terramoto atingiu os 6.8 na escala de Richter e foi sentido também no Nepal, no Butão e no norte da Índia.

Nas imagens das câmaras de videovigilância vê-se e ouve-se o momento em que o chão escapou dos pés. O terramoto, perto de uma das cidades mais sagradas do Tibete, na China, aconteceu pouco depois das nove da manhã, hora local.

Quem testemunhou o abalo e sobreviveu para contar acordou em sobressalto:

"Ainda estou a tremer de medo e estou em choque", confessou uma moradora.

O forte sismo de 6.8 na escala de Richter teve como epicentro uma das portas de acesso à região do Evereste, a montanha mais alta do mundo e um destino muito procurado por alpinistas e caminhantes.

Marcas estão por toda a parte

O terramoto deixou um rasto de morte e destruição. Entre edifícios deformados e outros triturados pela força do abalo, multiplicam-se, agora, os trabalhos das equipas de resgate que vasculham os escombros à procura de sobreviventes.

Um socorro musculado, com centenas de militares e bombeiros destacados para acudir à população afetada. Em várias cidades não há água, nem luz, e as estradas são crateras.

O presidente chinês apelou a um esforço intenso para salvar as vítimas e realojar quem ficou sem casa. Na região, o inverno é rigoroso e as temperaturas durante a noite chegam aos 18 graus negativos.

O líder espiritual budista, Dalai Lama, manifestou-se profundamente triste. Os sismos são recorrentes nesta região que abrange o sudoeste da China, o Nepal e o norte da Índia, já que fica numa zona de colisão das placas tectónicas.