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Trump ressuscitou o tema, mas “a primeira ideia de comprar a Gronelândia surgiu em 1868”

O coronel Carlos Mendes Dias, comentador da SIC, admite que "o pouco cuidado" de Donald Trump com as palavras provoca reações, mas lembra que “a primeira ideia de comprar a Gronelândia data de 1868”.

Donald Trump
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Donald Trump ainda não tomou posse como Presidente dos Estados Unidos - vai fazê-lo no próximo dia 20 - mas as suas declarações já têm causado impacto e reações. O republicano voltou a ressuscitar a vontade de comprar a Gronelândia e expandir o território dos EUA. No entanto, não nasceu agora a cobiça norte-americana pela maior ilha do mundo.

O coronel Carlos Mendes Dias, comentador da SIC, diz que “esta não é uma questão de Donald Trump” e lembra que “a primeira ideia de comprar a Gronelândia data de 1868”.

“Esta ideia é espoletada pelo pouco cuidado [de Trump] na verbalização do tema, mas importa dizer o seguinte: isto de comprar a Gronelândia não nasce com Turmp. A primeira ideia de comprar a Gronelândia data de 1868, quando o Presidente era Andrew Johnson. Em 1867, compraram o Alasca (…) Em 1946, o Presidente era Harry Truman, que ofereceu à Dinamarca 100 milhões de dólares em ouro para adquirir a Gronelândia. Em 1917, a Dinamarca vendeu as Ilhas Virgens aos Estados Unidos.”

Recursos como petróleo e gás natural, influência e localização estratégica no Ártico são alguns dos motivos que levaram Donald Trump a querer comprar a Gronelândia em 2019. Uma proposta que foi recusada pela então primeira-ministra da Dinamarca. Quase cinco anos depois, o Presidente eleito volta a levantar o tema e, uma vez mais, os dinamarqueses alertam que o território “não está à venda”.

No estúdio da SIC Notícias, Carlos Mendes Dias aborda ainda a importância da Gronelândia e do Ártico do ponto de vista económico e em caso de um conflito militar que envolva os Estados Unidos e a Rússia.