Nas primeiras filas estiveram algumas das personalidade mais ricas e influentes do mundo. Também algumas das mais reacionárias. Políticos de extrema-direita acorreram em peso à tomada de posse de Donald Trump.
Tradicionalmente não são convidados chefes de Estado ou de governo para a cerimónia de tomada de posse mas Trump quis rodear-se de algumas das mais proeminentes figuras da extrema-direita mundial.
Líderes de extrema-direita na cerimónia
Giorgia Meloni, primeira-ministra de Itália, Javier Milei, presidente da Argentina, Representantes da AfD, partido alemão de extrema-direita, Santiago Abascal, líder do Vox, de Espanha, Éric Zemmour, da direita radical francesa, Nigel Farage, do Reino Unido e uma delegação dos Patriotas pela Europa, que inclui André Ventura, foram alguns dos convidados presentes na tomada de posse do novo presidente norte-americano.
Jair Bolsonaro tem o passaporte confiscado pela justiça brasileira, motivo da ausência.
Convidados controversos atraem os holofotes dos media. São prova viva de que Trump quer mostrar o distanciamento da elite política tradicional.
Ao alinhar com figuras que partilham a retórica nacionalista e anti-imigração, o presidente dos Estados Unidos também fortalece a relação com os apoiantes de base. E se proximidade é poder, quem mais beneficia são os ricos dos mais ricos.
"Chefes" das tecnológicas também marcaram presença
Multimilionários sobretudo da indústria tecnológica. Sundar Pichai, CEO Google e Shou Zi Chew, CEO do TikTok, Jeff Bezos, fundador da Amazon, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, Tim Cook, líder da Apple e Sam Altman, CEO da OpenAI, estiveram presentes na cerimónia.
Alguns eram apoiantes declarados do partido democrata mas converteram-se a Trump, doaram milhões para a campanha e estão nas primeiras filas durante o juramento de posse.
O caso mais flagrante, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, conquistou inclusive um lugar no Governo, a chefiar a eficiência governamental.
Ao caírem nas boas graças do presidente podem esperar contrapartidas. Contratos com o Estado, decretos mais favoráveis aos negócios que detêm.
No primeiro mandato, sem preparação, Donald Trump teve de confiar em republicanos que não lhe eram leais mas desta vez teve tempo para se fazer rodear de gente que considera confiável.