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"São mulheres a tomar conta de outras mulheres": parteiras apoiam grávidas a caminho dos EUA

Numa altura de total incerteza para os migrantes que tentam entrar nos Estados Unidos, há no México uma rede de apoio que acompanha as grávidas em trânsito para chegar à fronteira. "São mulheres a tomar conta de outras mulheres", diz uma das parteiras.

Migrante, grávida
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Interrompem o sonho de chegar aos Estados Unidos da América e abrigam-se num acampamento improvisado, da igreja da Soledad, na cidade do México, onde encontram segurança, roupa e cuidados pré-natais. As situações de maior risco são encaminhadas para laboratórios e clínicas locais.

As histórias neste local são diversas e, muitas vezes, chocantes. Uma migrante do Equador conta que foi detida e agredida pelos agentes da imigração mexicanos logo no início da gravidez.

"Funcionários da imigração bateram-me, mesmo estando grávida", conta a migrante, que encontra um lar nesta rede organizada, maioritariamente, por mulheres.

É um apoio dado por voluntárias que integram uma rede nacional de parteiras, presente em 12 estados do México.

"São mulheres a tomar conta de outras mulheres"

Uma ajuda que assume um papel ainda mais relevante desde que Donald Trump tomou posse e priorizou as políticas de anti-imigração, tendo decretado a emergência nacional na fronteira, ordenado deportações em massa e revogado o direito de cidadania automática para crianças nascidas nos Estados Unidos.

"São mulheres a tomar conta de outras mulheres", conta a parteira Annie Arenas.